Da mesma maneira como as pessoas mudam e o mundo se transforma, nossos educandos também mudam e se transformam numa velocidade cada vez maior. Os meios de comunicação como a tevê, a informática e a Internet, são as principais influências. Faço esta colocação para lembrar o que foi usado no passado, comparando métodos adotados por educadores que viveram outras épocas e não estão surtindo mais efeito em nosso tempo, portanto carecem de inovações. Muitos métodos de ensino estão à disposição e são conhecidos por todos. Acredito no método pessoal, no método em que cada um conhece, domina e deve ser usado no contexto em que foi inserido, (falarei a respeito mais adiante). Não sou contra as pedagogias consagradas nem irei discuti-las neste momento, só quero alertar para a mudança necessária, incluindo novos métodos ou adotando antigos, adequando ao momento em que estamos vivendo.
Como protagonistas vivenciando esta era de mudanças, precisamos encontra soluções novas para enfrentar essa realidade.
Para uma minoria de alunos, parece não existir mais ninguém além deles, procuro conversar, orientar, saber o que está havendo e simplesmente o aluno ignora não dá a mínima para o que se diz, continuam conversando como se estivessem no intervalo, tentam-se várias maneiras para fazer o educando perceber o sentido dele estar ali na escola, em vão! Falam sem constrangimento que não pretendem fazer nenhuma atividade e não fazem, o pior é que atrapalham os colegas que desejam estudar, tentam prestar atenção às explicações e são prejudicados por esse grupinho. Muitas tentativas são feitas para entender o que eles desejam, experimentei estratégicas diferentes que possam despertar-lhes o interesse, assuntos do dia-a-dia que eles possam gostam, até agora não surtiu efeito. Continuam destruindo a escola literalmente, com pichações, quebrando vidros, portas, brigando, etc. E agora com agressões, como a observada na última sexta-feira contra uma colaboradora (bedel). Será que acontecem situações como esta em outras escolas???
No jornal matutino do SBT às 6:40h do dia 22/04/08, assisti uma reportagem sobre violência nas escolas e uma aluna declarou: - “Eu saí da outra escola por causa da insegurança, e aqui está igual.” Houve um aumento de 40% nas denúncias referentes a violências feitas por escolas públicas este ano.
As crianças estão procurando uma escola que as recebam com dignidade para estudar e não estão encontrando. Quem deveria ter proteção, respeito e atenção, está sendo excluído, discriminado. Os bem intencionados estão sendo conduzidos a contra gosto, para o lado mal, perverso. Não é tarefa fácil educar quem está disposto. Imagine ensinar uma pessoa em determinado tempo quando não deseja?
A rebeldia desses alunos pode ser um grito de protesto que ainda não deciframos, podem querer mudanças e não sabem de que tipo nem qual, o certo é que protestam contra uma situação que não atende seus interesses. Eles não sabem, mas nós sabemos, e deveríamos nos unir a eles. Os anseios deles são nossos, estão clamando por melhores condições de ensino, estrutura para uma aprendizagem envolvente e eficaz, liberdade para aprender, oportunidade de escolha, alegria e encantamento ao descobrir novos caminhos.
Para efetivar essa realidade, basta confiar e dar condições a cada educador para ele cumprir sua função. Esta é a nossa luta e nossos alunos estão dando a dica. Alguns ainda não perceberam, mas eles com essa atitude já estão lutando por nós. Vamos juntos levantar essa bandeira e apoiar a iniciativa para uma educação moderna de qualidade. Os problemas são muitos, as dificuldades maiores ainda, é uma luta pelo bem do País. Cabe a nós que estamos no campo de batalha, conscientes dos reais problemas, encontrar e testar caminhos para conduzir a nação para uma vida digna.
Os educandos não acreditam nos conteúdos ministrados na sala de aula, porque não percebem o real valor daquilo que lhes é apresentado, nem sua importância para o dia-a-dia.
Para eles o ensino é uma informação subjetiva.
Eles vão encontra sentido nas disciplinas no momento em que o educador apresentar sua aplicação prática no mundo em que ele atua.
Os professores também estão numa luta sem sentido, sem valorização e sem estrutura.
Vamos valorizar o sentido da nossa prática como educadores, participando deste projeto que visa atender as necessidades dos educandos e dos educadores em prol de um ensino que proporcione o prazer ao ensinar e ao aprender.
O projeto foi dividido em etapas, é aberto a todos os interessados em colaborar com sugestões ou críticas. Nesse momento o texto com os tópicos ou para quem preferir, as “reivindicações” está em processo de construção, em breve uma parte estará disponível e após sua conclusão final apresentaremos aos órgãos responsável para dividirmos a responsabilidade do sucesso ou fracasso do ensino no Brasil. Com estrutura, liberdade de atuação, verba para unidade de ensino realizar os projetos, número respeitável de alunos por sala, formação, especialização, divisão das tarefas, envolvimento da família, compromisso do aluno e remuneração digna para os educadores, atingiremos bons resultados.
Nesta empreitada venceremos com união, estratégia, fundamentação e persistência.
Desde já, cada um pode começar a se preparar munindo-se de informação para umas aulas especiais a serem ministradas no mês de setembro deste ano (2008), com o objetivo de conscientizar alunos, pais e comunidade em geral sobre as obrigações dos vereadores, deputados federais e estaduais, senadores, ministros e secretários, legislando em causa própria recebendo belos salários, deixando a população com o mínimo para sobreviver, esvaziando os cofres públicos descaradamente, generalizando a corrupção, entre outros itens a serem abordados nas aulas. Será uma forma civilizada de atuação com o propósito de incomodar os políticos, lembrá-los de suas responsabilidades, colocando os temas transversais e interdisciplinares que eles esqueceram como Ética, Moral, Bons Costumes, Cidadania, Humanidade, Respeito, Meio Ambiente, Justiça, Direitos, Deveres entre outros.
No dia 22/04/08 às 6:35h, o jornal do SBT mostrou policiais ensacando, mais de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) encontrados na casa do prefeito de Juiz de Fora MG, dinheiro que deveria ser usado em beneficio da comunidade. Para não perder o cargo, antecipou suas férias. Eles fazem as leis para se beneficiar delas, como fez esse prefeito.
Somos responsáveis por esta situação se não agirmos.
Sua participação será decisiva neste projeto que visa o nosso bem.
E-mail: denisquadrinhos@gmail.com
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